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A Maçonaria e a Independência do Brasil

A independência do Brasil não teria acontecido sem a interferência da Maçonaria, por ser o único grupo organizado no país e cujos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade inspiraram mudanças e revoluções sociais no mundo inteiro. No Brasil vários movimentos tiveram a atuação da maçonaria, como a Inconfidência Mineira, cujo líder Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, era maçom. Os maçons representavam a elite pensante e econômica da época, e eram contrários às pretensões da Coroa Portuguesa, a qual desejava que o Brasil, já elevado à condição de Reino Unido,  voltasse a ser colônia de Portugal.

Em 1817, a Revolução Pernambucana, liderada por maçons, depôs o governador e proclamou a República, de curta duração; seus líderes foram enforcados, com exceção de Frei Caneca, também maçom. Foram derrotados, porém as ideias liberais disseminadas pela Maçonaria eclodiam no mundo todo.

Em 2 de agosto de 1822 D. Pedro I foi iniciado em uma loja maçônica e os principais articuladores da independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, ministro e conselheiro de D. Pedro, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira, eram maçons e grandes responsáveis em convencer D. Pedro à causa da Independência.

Desde que D. Pedro recebera ordens da Corte portuguesa para retornar a Portugal, o grupo de maçons com acesso ao palácio o convenceu a ficar no Brasil, cuja data, 9 de janeiro, ficou conhecida como Dia do Fico quando D. Pedro declarou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto, digam ao povo que fico”.

Em agosto de 1822 foram redigidos manifestos contra as Cortes Portuguesas, sendo seus autores dois maçons: Gonçalves Ledo e José Bonifácio. Os manifestos seguiam diferentes linhas em relação a Coroa Portuguesa, mas ambos eram declaradamente a favor da independência do Brasil.

A independência brasileira foi resultado direto da ação da Maçonaria tendo José Bonifácio recebido o título de “Patriarca da Independência”. E culminou quando D. Pedro desembainhou sua espada e proclamou em 07 de setembro de 1822, há mais de 200 anos:

“Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a Independência do Brasil. Brasileiros a nossa divisa de hoje em diante será INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”